moderna 19 de agosto de 2011 • 12h41 presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que as mudanças no governo causadas por denúncias de corrupção não afetarão a relação do Executivo com a base aliada no Congresso.
Dilma reagiu à reportagem da revista britânica The Economist, que na edição desta semana afirma que a presidente pode ter problemas para aprovar reformas importantes após o afastamento de dezenas de servidores de ministérios, citados em supostos esquemas de corrupção.
"A minha base de sustentação também não concorda com malfeitos, e eu não vejo nenhum motivo para isso acontecer, de ter maiores problemas no Congresso", disse Dilma em entrevista à rádio de São José do Rio Preto (SP).
"Agora, onde houve problema de corrupção, nós somos obrigados a tomar posição", disse.
Denúncias de corrupção levaram à renúncia dos ministros Alfredo Nascimento (Transportes) em julho e Wagner Rossi (Agricultura) nesta semana.
As suspeitas de irregularidades atingem também os ministérios das Cidades e do Turismo.
A presidente tentou ainda evitar o julgamento antecipado dos citados em denúncias.
"No Brasil, existem instituições de justiça, existe uma Polícia Federal que é uma polícia ágil, existe um Ministério Público atuante e existe um Judiciário que cada vez mais procura ser célere e ágil", disse ela. "É esse sistema que pode julgar alguém".
"É um absurdo voltar atrás na roda da história e acabar com a presunção da inocência. As pessoas são fundamentalmente inocentes até que se prove ao contrário".
Em sua carta de renúncia, Rossi alegou inocência e disse ter sido alvo de uma "campanha insidiosa" e "indecente" da imprensa, com objetivos políticos como motivação das denúncias que levaram à sua renúncia.
(Por Hugo Bachega)
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